segunda-feira, 25 de maio de 2009

LA MUERTE MUY A CERCA

Quinta-feira estava eu no hostel sem fazer absolutamente nada quando decidi ir ao Bairro da Recoleta. É um bairro turistico, tem museus, faculdade de direito, parques e um famoso cemitério. Eram por volta de 16h. Não tinha muito tempo, porque aqui em Buenos Aires não é o lugar mais seguro do mundo a noite.

Perguntei na recepção como chegar, que ônibus precisava pegar. O mexicano da recepção me explicou e disse: - pega o ônibus 118 na praça itália. Beleza, fui caminhando até a praça Itália. Achei a parada do ônibus. Esperei alguns minutos, embarquei e falei ao motorista que quando chegasse ao cemitério da Chacarita, me avisasse para descer. Ele me olhou, não muito bem humorado, e disse que aquele ônibus não passava onde queria. Que teria que pegar o 118, no sentido contrário, do outro lado da rua.

Atravessei a rua, procurei a parada do 118. Embarquei, pedi novamente para me avisar quando fosse para descer. O motorista me olhou, também não muito bem humorado, e disse que aquele ônibus não passava no cemitério Chacarita. Que tinha que pegar o 42.Desci do coletivo puto com o mexicano que tinha me dado a informação errada e lá fui eu desci, atrás da tal parada do 42. Achei, embarquei. E esse sim ia para onde, teoricamente, queria ir. Mas como o motorista também não estava com o melhor dos humores, pensei esse ai não vai me avisar quando tiver que descer.

Depois de uns 20 minutos de viagem resolvi perguntar a uma mulher que sentava atrás de mim, que se pudesse me avise quando fosse hora de descer. Muito atenciosa disse que sim, perguntou onde queria ir e tudo. Falei que queria ir no museu Hispanoamaericano.
Quando falei isso ela me olhou com uma cara e respondeu que aquele ônibus não estava indo para lá. Peguei o mapa que estava no meu bolso e mostrei onde queria ir e que ao subir no bus pedi para ir ao cemitério Chacarita. Ela respondeu me dizendo que o cemitério Chacarita era outro, que o que queria ir era o cemitério da Recoleta. Que no Chacarita não tinha nada de turistico e que o bairro era um pouco perigoso.

É, errei o lugar de morrer. Desci junto com a mulher, ela me mostrou onde era o cemitério e como voltar. Já que estava lá fui conhecer a porra do cemitério. Fui, olhei e voltei para o hostel porque pela hora já não poderia ir mais até a Recoleta.

Ah e no fim das contas o mexicano da recepção estava certo, tinha que pegar o 118. E quando quiser conhecer alguma coisa nova saiba bem o nome do lugar que você está para não errar de cemitério.

Um comentário:

Andrey disse...

Tu é o cara, Renatão!
Em breve vou visitar tu e o Marcelão.
Dale Grêmio e "o descontrole está formado..."
Abração galo!