quarta-feira, 27 de maio de 2009

SENTIMIENTOS

Fui apresentado a algumas bandas argentinas e uruguaias. Tava escutando e uma musica me chamou a atenção. Bom sem mais comentários.



La Vela Puerca
Dice...

Dice que no quiere ir
se quiere quedar.
Dice que no quiere ver
quiere tocar.
Dice que no quiere hablar
quiere escuchar.
Dice que no quiere ser
quiere intentar.
Dice que no quiere oir
quiere patear.
Dice que no quiere estar
quiere arrancar.
Dice no querer reir
quiere llorar.
Dice no querer saltar
quiere volar.

Si no pierde la cabeza
no puede soñar.
Si no escupe su demencia
no puede bajar.
Si no encuenra la manera
se va a destruir.
Si no va en su pulgadera
se quiere morir.

Dice que no quiere dar
quiere robar.
Dice que no quiere odiar
quiere matar.

Dice no querer dormir
quiere roncar
Dice no querer sufrir
quiere soltar


De nada sirve si no quiere si no va a tratar
pero no importa si convence a los demas

Llego su hora y no le vale solo discutir
ahora te muerde y solo la quiere pudrir

Dice que no quiere entrar
quiere safar.
Dice que no quiere estar
quiere voltear.
Dice no querer crear
quiere soñar.
Dice no querer sentir
quiere aplastar
si no pierde la cabeza...
Dice que no quiere paz
quiere moquear.
Dice que no quiere show
quiere brillar.
Dice que no quiere mas
quiere estallar.
Dice que no quiere andar
quiere estrellar.

MI MADRE EN BUENOS AIRES

Na terça-feira da semana passada estou no MSN, quando minha mãe me chama. Estou indo para Buenos Aires sexta. Como assim? Não entendi nada. Ela ia pegar uma carona com a tia Isabel e o Merik. Bem ao modo Rosane de ser.

Sabia que sairiam de Rio Grande na quinta pela manhã e não tinha idéia a que horas chegariam, imaginava que na sexta pela manhã.

Nisso eu arrecem tinha comprado meu celular aqui. Não deu tempo de dizer o número para ela, mas avisei que me celular do Brasil continuava funcionando aqui e que quinta e sexta ficaria de prontidão para atendê-lo, já que aqui não atendo esse celular porque me cobram a bagatela de U$5 por minuto.

Na sexta lá por 10h toca meu celular. Vou atender é minha mãe.

- Alô!
- Oi Renato, é Fábio do seguro do carro. Queria avisar que o seguro do Uno vence semana que vem. Vim já uma nova proposta e a Generalli ficou com o melhor preço...

O homem desatou a falar. E fui obrigado a interromper.

- Fábio olha só eu estou em Buenos Aires e não posso falar agora, mas assim que resolver isso do seguro te aviso.

Pensei, meio durmindo, minha mãe não se chama Fábio. E imaginei, ela não sabe como ligar da Argentina para um celular do Brasil que está na Argentina. Mas vou esperar ela talvez nem tenha chego.

Voltei a durmir. Lá por meio-dia me acordo, vou ao supermercado, compro meu almoço, bem tranquilo e resolvo olhar meu e-mail. Lá estava a dona Rosane avisando que tinha chegado bem e dizendo o endereço do hotel. Respondi dando meu telefone da argentina, porque não sabia se ia encontra-la e se estaria no hotel ou não. Em 5 minutos ela me ligou. Combinamos e fui até o hotel.

Coisa boa. Matar saudade, ver tua mãe e falar português.

Conhecemos alguns lugares. Casa Rosada, Obelisco, Catedral, 9 de Julio. E mais todas as lojas da Argentina, porque a tia Isabel entrava em todas. No fim da tarde voltei para o hostel e ela foi a um show de tango.

No sábado ela me liga. Estamos indo para a feira da Recoleta, nos encontramos numa árvores centenário que me falaram que existe lá. (essa feira é ao lado do cemitério da Recoleta, chegou a me dar um frio na barriga) Mas dessa vez peguei o ônibus certo. Chegando da Recoleta. Perguntei a um senhor que vendia flores onde ficava uma árvore famosa, centenária. Ele foi até a banca e me trouxe uma muda de árvore dizendo que aquela era a maior que ele tinha. Me fiz de louco, agradeci e segui caminhando. Fui olhando e o que mais tinha era árvores nesse bairro. Até achar a tal feirinha. Feirinha, sim, devia ser umas duas vezes maior que o Brick da Redenção. Vai achar a Rosane ai. Continue a caminhar e perguntei ao dono de uma das tendas e esse sim compreendeu o que perguntei. (meu espanhol tá bom, o senhor das plantas que era burro) Achei a tal arvore. Mas não achei a tal Rosane. Fiquei por ali por quase 1 horas até a Rosane aparecer.

Fomos almoçar. E a tarde viemos para os lados do meu hostel. Em Palermo. Resolvemos ir ao zoológico. Tem um gigante aqui. Passeamos por tudo e ao fim da tarde ela se foi, pois estavam cansados e viajam cedo no outro dia.

Ver, falar, conversar ou mesmo saber que pessoas que te querem bem estão do teu lado não importa o que acontece é o melhor gás para quem está longe em uma cidade que não fala tua língua, que não se tem amigos.

Valeu muito mãe a visita, apesar de algumas bolhas nos pés!

Ah e me manda fotos pra mim colocar aqui.

Enquanto isso vou colocar uma foto ilustrativa, mas importante também.

Encontrei o Pablo aqui em Buenos Aires.

Ele

e parte da torcida do São Paulo

segunda-feira, 25 de maio de 2009

LA MUERTE MUY A CERCA

Quinta-feira estava eu no hostel sem fazer absolutamente nada quando decidi ir ao Bairro da Recoleta. É um bairro turistico, tem museus, faculdade de direito, parques e um famoso cemitério. Eram por volta de 16h. Não tinha muito tempo, porque aqui em Buenos Aires não é o lugar mais seguro do mundo a noite.

Perguntei na recepção como chegar, que ônibus precisava pegar. O mexicano da recepção me explicou e disse: - pega o ônibus 118 na praça itália. Beleza, fui caminhando até a praça Itália. Achei a parada do ônibus. Esperei alguns minutos, embarquei e falei ao motorista que quando chegasse ao cemitério da Chacarita, me avisasse para descer. Ele me olhou, não muito bem humorado, e disse que aquele ônibus não passava onde queria. Que teria que pegar o 118, no sentido contrário, do outro lado da rua.

Atravessei a rua, procurei a parada do 118. Embarquei, pedi novamente para me avisar quando fosse para descer. O motorista me olhou, também não muito bem humorado, e disse que aquele ônibus não passava no cemitério Chacarita. Que tinha que pegar o 42.Desci do coletivo puto com o mexicano que tinha me dado a informação errada e lá fui eu desci, atrás da tal parada do 42. Achei, embarquei. E esse sim ia para onde, teoricamente, queria ir. Mas como o motorista também não estava com o melhor dos humores, pensei esse ai não vai me avisar quando tiver que descer.

Depois de uns 20 minutos de viagem resolvi perguntar a uma mulher que sentava atrás de mim, que se pudesse me avise quando fosse hora de descer. Muito atenciosa disse que sim, perguntou onde queria ir e tudo. Falei que queria ir no museu Hispanoamaericano.
Quando falei isso ela me olhou com uma cara e respondeu que aquele ônibus não estava indo para lá. Peguei o mapa que estava no meu bolso e mostrei onde queria ir e que ao subir no bus pedi para ir ao cemitério Chacarita. Ela respondeu me dizendo que o cemitério Chacarita era outro, que o que queria ir era o cemitério da Recoleta. Que no Chacarita não tinha nada de turistico e que o bairro era um pouco perigoso.

É, errei o lugar de morrer. Desci junto com a mulher, ela me mostrou onde era o cemitério e como voltar. Já que estava lá fui conhecer a porra do cemitério. Fui, olhei e voltei para o hostel porque pela hora já não poderia ir mais até a Recoleta.

Ah e no fim das contas o mexicano da recepção estava certo, tinha que pegar o 118. E quando quiser conhecer alguma coisa nova saiba bem o nome do lugar que você está para não errar de cemitério.

domingo, 24 de maio de 2009

¿DONDE ESTAN LOS BRASILEÑOS? LA CONTINUACIÓN

Foi só eu escrever um post aqui sobre brasileiros que pronto, acabou a paz, em um só dia apareceram cinco. Vieram dos mais diferentes lugares. Tinham dois baianos, que acabavam de chegar de Porto Alegre, que são o esteriótipo de baiano. Um mineiro de Juiz de Fora e dois paulistas.

Estavamos todos no terraço e percebi uma coisa. Nós eramos 5 brasileiros e conversando faziamos muito mais barulho do que oito franceses que estavam na mesa ao lado.

E foi só se conhecerem que virou carnaval. Um já puxou um violão, outro ofereceu cachaça aos franceses. No fim estavamos todo juntos franceses, argetinos, brasileiro, ingleses bebendo falando todas as linguas possiveis misturadas e ao mesmo tempo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

NI TODO ÉS FLORES

Até agora só escrevi galhofas que tem acontecido e acabei não escrevendo nada sobre meu curso. Alguns pessoas tem me perguntando com é o curso e tal. Bom o curso é bem afude, muito pratico, mas o idioma é uma dificuldade. Posso dizer que hoje compreendo cerca de 60 a 70% do que eles falam.

Toda aula temos que criar coisas novas, pensas anúncios, ações. O que me chama muita atenção aqui é que até agora não precisei apresentar nenhum layout como fazemos no Brasil. Apresentamos as idéias e o máximo que pediram foi uns rafs, que podiam ser até de bonecos de pauzinho. Aqui o que interessa é a idéia, é a defesa que tu tem da tua idéia é aprofundar conceitos. Para aprovar tu tem que ter uma fundamentação muito boa do que você está fazendo.



Outra coisa que segundo eles é extremamente importante é a apresentação da idéia para o cliente. E vender a tua idéia. Segundo eles esse é o momento de dar show e que uma boa apresentação vai levando o cliente do jeito que nós queremos e quando, no final, apresentarmos a campanha, se tem certeza de que ele vai aprovar tudo. Ah... e pelo que eu entendi que apresenta campanhas aqui são os próprios criativos. O que é justificável.

Já os professores são foda, em uma das aulas joguei uma idéia bem superficial e os caras na hora, e digo na hora, já arrumaram, acrescentaram, mexeram. Outra coisa, também, é que eles muitos sinceros. Se tá uma merda dizem que tá uma merda, e se tá bom dizem que tá bom. Na minha opinão isso é muito bom. Não existe em cima do muro e te faz crescer.

Talvez por isso essas semana tenha sido um pouco mais complicada pra mim. To vendo que não vai ser tão simples arranjar alguma coisa pra trabalhar aqui. O grau de exigencia é muito alto. E como eles mesmo falaram minha pasta é boa, mas nada de espetacular.

Mas faz parte... tenho que me puxar. Bola pra frente e vamos ver o que dar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

UN PARÉNTESIS

Um paranteses a minha história. Meu amigo Duda Coser fez um video para concorrer ao prêmio Oxfam Cannes Lion 2009. O video ficou muito afude e estou dando uma mãozinha para divulga-lo.

Grande Duda, muito afude.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

EN LA BOCA

Esse negócio tá loco demais. Quero contar tudo que se passar por aqui, mas não dá, estou correndo atrás da máquina. Domingo fechei 1 semana de Argentina e tenho a impressão de que faz um ano. Tudo é intenso demais, é muita informação nova, são pessoas novas que se conhece, uma mistura de línguas, de culturas. Se quer viver tudo. Não se tem vontade de comer, de durmir. (Pai e mãe, não se preocupem estou comendo e durmindo direitinho)

Mas bueno, vamos as histórias que interessam. No sábado Salvador, eu e um holandês resolvemos ir a la boca para tentar comprar ingressos para o jogo de domingo. Como chegar a La boca e a la bombonera? Fomos perguntando. Pegamos o Subte, fizemos uma baldeação da Linea D para a Linea C. Chegando a estação Constituición, linda por sinal, Teriamos que pegar o ônibus 46. Beleza! Depois de uns 40 minutos chegamos! Olhamos o estádio por fora. Mas e os ingressos? Entramos no Museu da Paixão Boquense, nos informaram que não vendiam ingressos e que para turista somente pelo site, que já tinhamos visto antes custava a bagatela de 200 dólares. Fomos a uma lojinha na frente do estádio que vendia produtos (do Boca é claro)e perguntamos ao vendedor. A informação dele é que tinha ingressos, alguns cambistas vendiam e que amanhã pela manhã podiamos conseguir. Mas que tinhamos que tomar cuidado com os ingressos falsos. Disse que os quentes tem um holograma com o escudo do Boca que muda de cor e no verso ao passar o dedo ele deve riscar como um papel carbono. Pela hora não tinhamos mais o que fazer ali, o dia estava terminando e La Boca não é o bairro mais indicado a se andar denoite. Pegamos o o ônibus 46, voltamos a estação Constituición. Pegamos o subte. Na hora que fomos cambiar de trem, já mais ao centro da cidade senti alguma coisa mexer no meu bolso. Dei um tapa e embarquei no tren junto com o holandes, que mais cara de turista não pode ter, e com Salvador. Ao dar o sinal para que não se possa mais embarcar uma mulher que estava atrás de mim, um homem que estava atrás do holandês, e mais um, pularam de volta para a estação, sairam do trem. Depois disso o holandês, em pouco português que falava, disse que tinham tentado roubar a carteira dele. Falei que também senti e deduzi tentaram me roubaram também. Mas tudo tranquilo, seguimos viagem e nada aconteceu.

No domingo acordamos um pouco tarde para tentar ingressos para o jogo, mesmo assim fomos tentar. Eu, Rodrigo e Salvador (o holandes acordou tarde e não foi). Fomos fazer nossa peregrinação. Chegando lá fomos atrás de ingressos. Tinham muitos cambistas. Falamos com um que nos mostrou e tinha todas as caracteristicas de serem verdadeiros, mas resolvemos dar mais uma sondada. Aparece pessoas querendo nos cobrar 200 pesos pra nos colocar pra dentro do estádio, outros cambistas querendo cobrar os olhos da cara. Até que apareceu um nos oferecendo ingressos normais. Fomos olhar e tinha todas as caracteristicas que haviam nos falado, menos o escudo que não brilhava. Bom entre esse e o outro vamos no outro. Rezando para não perder dinheiro. Compramos ingressos do primeiro cambista que tinha aparecido.

Fomos a uma Parrilla almoçar, comemos uma milanesa. Quer dizer era a milanesa, o bife não cabia no prato. Saimos dali direto para o jogo rezando pelos ingressos.

Bom Salvador entrou, Rodrigo entrou e adivinha qual não passou. Rá! O do Renato. Mas calmem foi só um susto era a catraca que estava com problema. Entramos já estava 1 a 0 para o Arsenal. Ficamos do lado contrário, no segundo andar, de onde fica a famosa jugador número 12. Logo em seguida penalti para o Boca. (ligar voz do Paulo Brito) Lá vai Riquelme, partiu pra bola.... defendeu o goleiro! (desligar voz do Paulo Brito). A se ele tivesse feito isso na final de libertadores de 2007, pensei eu.



O jogo foi meia-boca, piada do grisalho, os xeneizes jogaram com o time reserva + Riquelme. O cara é fora de série, joga muito. O Boca virou e venceu o jogo por 2 a 1.

Mas e a torcida? A minha conclusão foi que a mística do Boca é o seu estádio. Torcida perto do campo e uma acústica que a musica fica ressonando lá dentro daquela caixa. Já a torcida pra mim é igual a qualquer outra, nada que Grêmio ou Inter não façam. Cantam 90 minutos cantam, mas somente atrás do gol. Onde estava era como a social do grêmio, conerteavam um pouco menos, mas cantar somente quando o boca coloca pressão ou no escanteio. Ah... uma outra diferença e grande diferença é que todos sabem as músicas e eles não gritavam, eles cantam a música, que é exatamente o que faz aquela melodia legal que se escuta na televisão.

Terminado o jogo, passamos no Caminito, vimos alguns shows de tango e retornamos ao hostel de onde não saimos mais, porque depois do final de semana a única coisa que queria era uma cama bem boa. Tá tudo bem me contento com a que tenho aqui.

¿DONDE ESTAN LOS BRASILEÑOS?

Brasileiro é uma raça triste. Porque está em todo lugar, sempre se escuta dizer que onde quer que estejas vai ter um brasileiro. Pois é e até quinta-feira tinha estranhado porque não tinha brasileiros no hostel. Mas, como brasileiro é uma raça triste apareceram dois de uma só vez. Na quinta chegou o Rodrigo.
Veio do Rio passar 5 dias aqui.

Na sexta voltei com ele ao centro, porque queria conhecer. Eu como não conhecia, propus irmos ao El Ateneu, uma famosa livraria, que é dentro de um antigo teatro. Bom, eu não tinha idéia do que era e não é possível descrever. Nem uma foto panorâmica como esta pode mostrar o que é o negócio.



Sinceramente cheguei a me arrepiar quando entrei.

Voltamos ao hostel e a noite tomando uma cerveja chegou o segundo. Lucas que já mora aqui a uma mês. Resolvemos ir numa festa. Mas não era só uma festa. Segundo o Lucas o DJ da festa está entre os top 10 do mundo. Satoshi Tomeii. Como não era muito fã de música eletrônica fui na parceira. Chegando na Club One, bom Rodrigo deu volta porque não quis pagar o valor do ingresso. Eu não pensei, acabei entrando. Mas posso dizer que valeu cada centavo. O lugar era simplesmente fora de qualquer outra coisa que se possa imaginar. Uma festa gigante com dois andares como se fosse um grande teatro, telas de LCD, luzes por todos os lados. Isso Sem contar o DJ e o telão.



Sim isso é um telão. Devia ter só uns 5 metros de comprimento por 15 de altura. Ia do primeiro ao último andar da festa.

Por tudo isso que digo eu não era muito fã de música eletrônica.

domingo, 17 de maio de 2009

¡LLAMA JÁ!

Na quinta-feira o cara que trabalha no hostel convidou para ir num bar. Obviamente, lá estava o Renato. Fomos caminhando. Chegamos no bar, estava meio vazio. O Pub muito afude, com uns sofás de couro, um balcão grande de madeira, luzes baixas.

Em pouco tempo as pessoas começaram a chegar. Meu Deus... tinha de tudo desde pessoas vestidas como minha mãe se vestia a 10 anos atrás até como talvez nós venhamos a se vestir daki a 10 anos. Mas o pior de tudo foi quando entrou um cara, quer dizer um velho e ele era a cara do Walter Mercado nos dias atuais. Não conseguia me conter e fui perguntar a Salvador e ele conhecia Walter Mercado. Mas como falar isso em espanhol. Falei algumas coisas e depois disse - Ligue Já! Na hora Salvador disse que também conhecia e quase morreu rindo ao ver o homem.

Não consegui fotografar mas lembrem de quando ele aparecia na televisão. Agora acrescentem uns 15 anos de rugas e plástica. É foi isso que vimos.

sábado, 16 de maio de 2009

CONTINUACIÓN: ¡SE QUIERES HABLAR, ENTONCES, BEBA!

Acho que estou meio atrasado nas minhas postagens. Hoje é domingo e estou contando histórias de quarta. Mas tudo bem.

Bueno... o que parei? A sim nos sininhos.
No intervalo do jogo fui ver o que eram os Biiiiis, que vinham da cozinha. Descobri. Passados os 45 minutos inicias do jogo, calculei eu que cada pessoa que participava já deveriam ter tomando pelo menos 45 copinhos de cerveja. Quando me aproximei conheci, Locker (é estranho alguem se chamar fechado, mas pelo menos foi isso que entendi e toda vez que o chama assim atendia), um australiano, de Sydnei, que não falava nada de espanhol, somente inglês. Eu não falo nada de inglês, e meu meu espanhol é.. bom deixa pra lá. Na verdade uma primeira aproximação é muito mais fácil... Qual seu nome? De onde veio?, Eu não falo inglês! Isso todo mundo fala em inglês. Bom, mas todo mundo acho que ia participar da brincadeira né, erraram! Mas fiquei assistindo. Nesse tempo conhecia algumas pessoas. E uma londrina que estava muito louca pelos 45 copinhos de cerveja que bebeu se apresentou para mim apenas 5 vezes. Ela ficou 3 meses no Brasil e fala um pouco de português e toda vez que vinha dizia a mesmo coisa. Oi meu nome é Melanie, tenho 26 anos, sou do norte da inglaterra. Falo um pouquinho português. Estou muito feliz! É foram 5 vezes nessa mesma ordem.

Terminada a brincadeira todos resolveram ir a um bar perto do hostel. Nesse caminho conheci praticamente todo mundo em alguns passos. Um australiano, um noruegues, um suéco, alguns ingleses.



Eu, Darius (inglês), Locker (australiano), Salvador (mexicano) e o suéco.

No bar bebemos mais, e meio bebado (quer dizer completamente). Fui pegar uma cerveja e falei com um casal de argentinos. Sim com esses rolou uma conversa, inclusive falaram que eu falava bem espanhol. Já com o australiano ficamos tentando uma conversa, ou melhor, uma comunicação durante toda a noite. Eu não entendia o que falava, assim como não entendia o que o suéco falava, o que o noruguês falava, e eles também não entendiam nada do que eu falava.

E até agora não sei como consegui falar de futebol, política e algumas outras coisas mais.

Ah e sabem da Melanie? Soube no outro dia que ela vomitou todo o quarto, em cima de um americano.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

QUILMES EN LA MANO, GREMIO EN CORAZÓN

Terça e quarta só choveu e fez muito frio em Buenos Aires. Fiquei dois dias no Hostel. Sem colocar o nariz para fora da janela. E assim como eu, todos fizeram a mesma coisa. Alguns jogavam carta, outros no computador, outros na televisão. Foi nesse tempo que começei a escrever o blog. Percebi praticamente todos as pessoas só falavam inglês, muito pouco espanhol e nada de português. Foi um dia sem muita comunicação ou conversa.

Na terça foi quando conheci Salvador, um mexicano, e Darius, um inglês, que fala espanhol. Os dois haviam se conhecido no Brasil e vieram para cá. Pela primeira vez conversei com alguém.

A tarde vendo jogos e mais jogos de futebol na televisão, descobri que existem coisas muitos mais bizarras do que Paulos Britos e Mauricios Saraivas. Passava Manchester e Wigan na televisão, muitos ingleses vendo e a cada gol, o narrador não gritava: gooooll! e sim, entrava, como batizamos aqui, "una musiquita", ridicula. Gol de Tevez, toca La Bamba. Gol de Carrick, toca A little Woman, do perfume de mulher. E pior, as músicas são parodiadas. A letra tem a ver com cada jogador. Lamentável.

Passado isso descobri que ia passar o jogo do Grêmio, na FoxSports, ao vivo. Na quarta pela manhã, acordei, fui direto ao supermercado para comprar comida para o almoço e cerveja para o jogo. 3 litros de quilmes estavam na geladeira antes do meio dia.


A noite me sentei em frente a TV, esperando o jogo, nesse tempo vi um filme legendado em espanhol, e entendi todo. Tudo bem era uma comédia, meio pastelão, mas já é um início. Uma única coisa que não entendi do filme era a palavra gruñones. O mexicano não soube me explicar, mas também, não fez diferença nenhuma.



Nove e meia, abro a primeira Quilmes. Dez horas, abro a segunda e durante todo o primeiro tempo escuto uma sinetinha, mais ou menos, a cada minuto, - Briiiii. Não sabia o que era. No intervalo descobri, em frente a cozinha um pessoal fazia brincadeiras de beber. A cada sineta tinham que tomar uma martelinho de cerveja. Bom o que aconteceu depois vale um novo post.

E Gruñones, ainda não sei o que é!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

UNA PEQUEÑA HISTORIA DIVERTIDA

Depois de caminhar pelo bairro no domingo a tardinha, resolvi comer algo, pois estava somente com o almoço servido no avião. Com o intuito de não gastar muito procurei uma padaria. Queria pão, presunto, queijo e maionese. Andei por algumas quandras e encontrei um panederia y confetería. Entrei vi muitas coisas boas, doces, medialunas, pães de todos os tipos. Mas queria pão, presunto, queijo e maionese. Fui ao balção e pedi tres pans. Ela me deu. Não satisfeito pedi jámon, queso e mayonesa. A moça me olhou com uma cara de que não entendeu nada. Eu fiz uma cara de quem não tinha falado nada. Agradeci, paguei 80 centavos de peso, peguei os pães e fui embora.

Acabei comento os 3 pãezinhos a seco, pela rua, durante o trajeto até o hostel. Rindo sozinho.

Mas com a fome e a vergonha, foram os 3 melhores pães que já comi.

Aqui Padarias só vendem pães e confeitos, não são como minimercados no Brasil. Presunto e queijo são vendidos em lojas especializadas de fiambres.

terça-feira, 12 de maio de 2009

LAS PRIMERAS IMPRESSIÓNES

Chego num domingo de sol. Pego um ônibus, Manuel Tienda Léon, até o centro e depois um "Remi", como chamam aqui táxis particulares, que não são pintados de preto e amarelo. Observo, onde tinha um pedaço de grama, haviam pessoas fazem pequiniques, crianças jogando futebol. No hostel, pego minhas malas, e não consigo passar na porta, ela era bem estreita, junto com a escada, que após muito trabalho, chego esbaforido a recepção.

Me instalo e saiu para conhecer o bairro. Vou a Plaza Itália, uma espécia de redenção 8 vezes maior onde cruzam avenidas, tem zoológico e uma imensa feira do livro. Andando mais um pouco descubro um lugar cheio de bares, lotados pelas calçadas, a maioria passando o jogo Boca e San Lorenzo. Ah existem muitas lojas de roupas (Vivi, tu ia enlouquecer aqui).



Na segunda tirei o dia para conhecer o centro. Pegui o subte (metro subterraneo). Caminhei e caminhei muito, fui a Casa Rosada, Puerto Madero, Palacio Del Gobierno, Plaza de Mayo, Av. Corrientes, Obelisco e 9 de Julio. A 9 de Julio e a maior avenida que já vi na vida, são 12 pistas e mais um canteiro central que equivale a 6 pistas, mas pra atravessar ela, nem de longe, demorei mais que para atravessar a Carlos Gomes.


Tudo aqui é muito bem feito, muito bem acabado, todos os detalhes, da fachada as decorações. Tem um pouco de modernidade e muito de clássico. Existem cafés decorados com paredes em madeira, fotos antigas até cafés totalmente modernos, com design e cheio de conceitos, mas todos e digo todos são impecáveis.

Ao fim do dia voltei exausto, cheio de dores nas pernas e com algumas bolhas nos pés, Caminhei mais que um ano em Porto Alegre, mas com um saldo de que estou pareço estar a meses aqui, enquanto estou a apenas dois dias.

Ah... outra coisa... o número de livrarias que existem por aqui é proporcional ao número de fármacias do Brasil. Talvez ai esteja a diferença.

TANGO A BORDO

Começou a viagem. Muitas despedidas e um sentimento: Agora foi. Dexei pessoas importantes para trás, com lágrimas nos olhos, mas fui em busca de alguns objetivos. Mesmo sabendo disso, um sentimento de saudade e incerteza ainda tomava conta.

Isso até o momento que alguns argentinos, a bordo, do avião e muito falantes, começaram a brincar com os comissários do voo. No início pareciam até meio desagradáveis, mas depois pude entender. Com meia hora, 40 minutos de voo, um comissário informou no rádio que alguns passageiros gostariam de fazer uma homenagem as mães e dar boas vindas a quem chegava a Buenos Aires.

Nesse momento, um senhor, bigodudo, barrigudo e que fazia parte dos argetinos falantes, tomou o controle do rádio e começou a cantar. Um voz grave e um violão, digna dos melhores cantores, canto dois tangos para todos os passageiros. Emocionados, alguns passageiros levantaram para ver melhor, muitos tiraram fotos (não registrei o momento, ou estava na janela, e não o exergava). A partir dai, ouvindo aquelas músicas, meu sentimento começou a mudar. Passou de uma despedida, para um até logo, de uma tristeza pelo que se deixava para trás para um euforia do que vinha pela frente.

Bueno, espero que esse seja só o ótimo início de uma viagem que tem tudo para mudar minha vida!