segunda-feira, 18 de maio de 2009

EN LA BOCA

Esse negócio tá loco demais. Quero contar tudo que se passar por aqui, mas não dá, estou correndo atrás da máquina. Domingo fechei 1 semana de Argentina e tenho a impressão de que faz um ano. Tudo é intenso demais, é muita informação nova, são pessoas novas que se conhece, uma mistura de línguas, de culturas. Se quer viver tudo. Não se tem vontade de comer, de durmir. (Pai e mãe, não se preocupem estou comendo e durmindo direitinho)

Mas bueno, vamos as histórias que interessam. No sábado Salvador, eu e um holandês resolvemos ir a la boca para tentar comprar ingressos para o jogo de domingo. Como chegar a La boca e a la bombonera? Fomos perguntando. Pegamos o Subte, fizemos uma baldeação da Linea D para a Linea C. Chegando a estação Constituición, linda por sinal, Teriamos que pegar o ônibus 46. Beleza! Depois de uns 40 minutos chegamos! Olhamos o estádio por fora. Mas e os ingressos? Entramos no Museu da Paixão Boquense, nos informaram que não vendiam ingressos e que para turista somente pelo site, que já tinhamos visto antes custava a bagatela de 200 dólares. Fomos a uma lojinha na frente do estádio que vendia produtos (do Boca é claro)e perguntamos ao vendedor. A informação dele é que tinha ingressos, alguns cambistas vendiam e que amanhã pela manhã podiamos conseguir. Mas que tinhamos que tomar cuidado com os ingressos falsos. Disse que os quentes tem um holograma com o escudo do Boca que muda de cor e no verso ao passar o dedo ele deve riscar como um papel carbono. Pela hora não tinhamos mais o que fazer ali, o dia estava terminando e La Boca não é o bairro mais indicado a se andar denoite. Pegamos o o ônibus 46, voltamos a estação Constituición. Pegamos o subte. Na hora que fomos cambiar de trem, já mais ao centro da cidade senti alguma coisa mexer no meu bolso. Dei um tapa e embarquei no tren junto com o holandes, que mais cara de turista não pode ter, e com Salvador. Ao dar o sinal para que não se possa mais embarcar uma mulher que estava atrás de mim, um homem que estava atrás do holandês, e mais um, pularam de volta para a estação, sairam do trem. Depois disso o holandês, em pouco português que falava, disse que tinham tentado roubar a carteira dele. Falei que também senti e deduzi tentaram me roubaram também. Mas tudo tranquilo, seguimos viagem e nada aconteceu.

No domingo acordamos um pouco tarde para tentar ingressos para o jogo, mesmo assim fomos tentar. Eu, Rodrigo e Salvador (o holandes acordou tarde e não foi). Fomos fazer nossa peregrinação. Chegando lá fomos atrás de ingressos. Tinham muitos cambistas. Falamos com um que nos mostrou e tinha todas as caracteristicas de serem verdadeiros, mas resolvemos dar mais uma sondada. Aparece pessoas querendo nos cobrar 200 pesos pra nos colocar pra dentro do estádio, outros cambistas querendo cobrar os olhos da cara. Até que apareceu um nos oferecendo ingressos normais. Fomos olhar e tinha todas as caracteristicas que haviam nos falado, menos o escudo que não brilhava. Bom entre esse e o outro vamos no outro. Rezando para não perder dinheiro. Compramos ingressos do primeiro cambista que tinha aparecido.

Fomos a uma Parrilla almoçar, comemos uma milanesa. Quer dizer era a milanesa, o bife não cabia no prato. Saimos dali direto para o jogo rezando pelos ingressos.

Bom Salvador entrou, Rodrigo entrou e adivinha qual não passou. Rá! O do Renato. Mas calmem foi só um susto era a catraca que estava com problema. Entramos já estava 1 a 0 para o Arsenal. Ficamos do lado contrário, no segundo andar, de onde fica a famosa jugador número 12. Logo em seguida penalti para o Boca. (ligar voz do Paulo Brito) Lá vai Riquelme, partiu pra bola.... defendeu o goleiro! (desligar voz do Paulo Brito). A se ele tivesse feito isso na final de libertadores de 2007, pensei eu.



O jogo foi meia-boca, piada do grisalho, os xeneizes jogaram com o time reserva + Riquelme. O cara é fora de série, joga muito. O Boca virou e venceu o jogo por 2 a 1.

Mas e a torcida? A minha conclusão foi que a mística do Boca é o seu estádio. Torcida perto do campo e uma acústica que a musica fica ressonando lá dentro daquela caixa. Já a torcida pra mim é igual a qualquer outra, nada que Grêmio ou Inter não façam. Cantam 90 minutos cantam, mas somente atrás do gol. Onde estava era como a social do grêmio, conerteavam um pouco menos, mas cantar somente quando o boca coloca pressão ou no escanteio. Ah... uma outra diferença e grande diferença é que todos sabem as músicas e eles não gritavam, eles cantam a música, que é exatamente o que faz aquela melodia legal que se escuta na televisão.

Terminado o jogo, passamos no Caminito, vimos alguns shows de tango e retornamos ao hostel de onde não saimos mais, porque depois do final de semana a única coisa que queria era uma cama bem boa. Tá tudo bem me contento com a que tenho aqui.

3 comentários:

Paulo Vieira disse...

...aqueles que saltaram do trem (mão grande)não seriam os brasileiros que ainda não tinham aparecidos, disfarçados de argentinos..? Cuidado em todo lado temos estes indesejáveis...
Sensacional a descrição que fizesse dos momentos na La Boca..deve ter sido emocionante de que só via pela TV. Vá em frente!!!

Sergio disse...

Hahaha dei muita risada quando teu ingresso não passou na máquina. Perfeita a pausa na piada! Parabéns!!! Como diz o Grizza, timming é tudo! Porra cara, deve ser ducaralho ser sofrenildo na Argentina. A mim, restou assumir o posto por aqui... hahahah porra nem nisso eu posso ser o primeiro! Hahaha

Abraço, vagabundo, keep walking!

Riacardo da Fontoura disse...

Ouvi dizer que a torcida é movida na Bombonera por auto-falante, é verdade? Abraço!